quarta-feira, 7 de maio de 2008

Enxaqueca - uma cefaleia incapacitante

O que é a enxaqueca? A enxaqueca não é uma simples dor de cabeça. Em princípio, a enxaqueca não causa uma cefaleia constante, praticamente diária. A dor é frequentemente pulsátil (latejante) e num dos lados da cabeça. Por atingir a testa, olhos e bochecha é muitas vezes confundida com a dor da sinusite. Acarreta sempre algum grau de incapacidade, levando muitas vezes os doentes a deitarem-se. Os doentes durante as crises preferem um local calmo e escuro. É frequente durante as crises haver fotofobia, fonofobia e osmofobia (intolerância à luz, ruído e cheiros) bem como náuseas (agonias) e vómitos. A enxaqueca é uma doença primária do cérebro, não sendo consequência de outra doença como traumatismos cranianos, doenças vasculares, sinusites, problemas oftalmológicos (relacionadas com os olhos), coluna vertebral ou tumores cerebrais. É uma forma de cefaleia neurovascular, com um “gerador” no cérebro, uma perturbação em que os eventos neuronais resultam em dilatação dos vasos sanguíneos que, por sua vez, provoca dor e subsequente activação neuronal. É uma doença claramente familiar. Dois em cada três doentes com enxaqueca têm um familiar do primeiro grau atingido por uma doença semelhante. Já foram identificados 3 genes responsáveis por uma forma particular de enxaqueca, a enxaqueca hemiplégica. O cérebro das pessoas com enxaqueca é considerado hiper excitável, com um certo desequilíbrio nos neurotransmissores (substâncias químicas cerebrais) relacionados com a dor, tais como a serotonina, noradrenalina e dopamina. Estas substâncias químicas são igualmente importantes para outras funções do corpo humano, como o humor e a tensão arterial. Não será pois de estranhar que medicamentos utilizados para a depressão e para a hipertensão arterial sejam igualmente úteis na prevenção das crises de enxaqueca. Quais são os diferentes tipos de enxaqueca? O mais comum é a enxaqueca sem aura. Cerca de três quartos das pessoas com enxaqueca tem apenas este tipo; uma em cada 10 tem enxaqueca com aura, e o dobro destas tem eventualmente ambos os tipos. Muitos menos frequentes são as crises unicamente de aura, sem dor de cabeça. Este tipo de enxaqueca tende a desenvolver-se nas pessoas mais idosas. Existem outros tipos de enxaqueca, mas são raros. A aura é um sinal do cérebro, que está a ser temporariamente (mas não gravemente) afectado pelo processo de enxaqueca. Dura, geralmente, 10 a 30 minutos, mas raramente ultrapassa os 60 minutos. Afecta principalmente a visão. Poderá notar manchas, luzes brilhantes ou cintilantes ou linhas coloridas em ziguezague a espalharem-se em frente dos seus olhos, geralmente para um lado. Menos frequentemente podem surgir alterações da sensibilidade ou da força numa metade do corpo ou ainda alterações da linguagem. Como se trata a enxaqueca? O tratamento é dividido em tratamento agudo e preventivo. O tratamento agudo é utilizado nas crises e vários medicamentos poderão ser utilizados, como analgésicos simples e anti-inflamatórios (paracetamol, ácido acetilsalicílico, naproxeno, etc) e medicamentos específicos para a enxaqueca como a ergotamina e os triptanos. Os medicamentos actuarão melhor se forem administrados no início das crises. Não deverão ser tomados mais de 2 vezes por semana. Se isso acontecer, estará indicado fazer tratamento preventivo. Vários medicamentos poderão ser utilizados, como neuromoduladores, antidepressivos, e medicamentos utilizados no tratamento da hipertensão arterial como o propranolol. Não deverão ser descuradas regras de vida saudável como eliminação de hábitos tabágicos, ingestão moderada de bebidas alcoólicas, evitar “saltar” refeições, sono regular e exercício físico regular.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Tipos de Cefaleias


Há dois grandes grupos de cefaleias, as primárias e as secundárias.
As cefaleias primárias, são em si próprias uma doença, não sendo sintoma ou consequência de outra doença e representam 90% de todas as cefaleias. As cefaleias primárias mais frequentes são as cefaleias tipo tensão, a enxaqueca e a cefaleia em salvas ("cluster headache").
As cefaleias secundárias são muito menos frequentes, sendo consequência de outra doença como doença cerebrovascular (AVC), traumatismo craniano, tumor e doença metabólica (diabetes e doenças da tiróide). Podem ainda ser o resultado de perturbações dos olhos, ouvidos, dentes ou seios perinasais.
A enxaqueca afecta cerca de 15% da população, sendo mais frequente no sexo feminino. Frequentemente atinge um lado da cabeça, é pulsátil (latejante) e acompanha-se de náuseas (agonias), vómitos e aumento da sensibilidade à luz e ao som. Os tipos principais são a enxaqueca sem aura (anteriormente designada por enxaqueca comum) que é a mais frequente e sem os sintomas associados à aura e a enxaqueca com aura ( antes designada por enxaqueca clássica) com perturbações visuais ou sensitivas, designadas por aura.
A cefaleia tipo tensão é a cefaleia mais frequente e foi também designada por cefaleia do stress ou cefaleia "normal".
A cefaleia em salvas é uma cefaleia muito severa, sendo mais frequente nos homens. As crises são mais curtas e mais frequentes que as da enxaqueca, são sempre do mesmo lado e ocorrem por períodos (as salvas) que duram semanas.

quarta-feira, 5 de março de 2008

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O que é uma cefaleia?



Cefaleia (dor de cabeça) é o termo médico usado para descrever a dor que ocorre em uma ou mais áreas do crânio, face, boca ou pescoço. A cefaleia pode ser crónica, recorrente ou ocasional. A intensidade da dor pode ser ligeira, moderada ou suficientemente severa, a ponto de interromper as actividades da vida diária. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, a dor não tem origem no cérebro. A dor é provocada pela activação das fibras nervosas que se encontram no escalpe, vasos sanguíneos à superfície e na base do cérebro e músculos da cabeça. Os terminais das fibras sensíveis à dor, designados nociceptores, podem ser estimulados por vários estímulos, como o stress, a tensão muscular, a dilatação das artérias e outros desencadeantes de cefaleias. Uma vez estimulado, o nociceptor envia uma mensagem através da fibras nervosa até à célula nervosa no cérebro, assinalando a parte do corpo que dói.

segunda-feira, 3 de março de 2008

O que é um Neurologista?


Um Neurologista é um médico treinado no diagnóstico e tratamento das doenças do sistema nervoso, incluindo o cérebro, medula espinhal, nervos e músculos.

O neurologista realiza exames neurológicos que incluem a observação do estado mental, do sistema motor, incluindo marcha, força muscular e reflexos, a coordenação motora, as sensibilidades e a observação dos nervos da cabeça e do pescoço.

O neurologista também executa e interpeta exames complementares de diagnóstico como:
-Punção lombar
-Tomografia Axial Computorizada (TAC) e Ressonância Magnética crânio-encefálica e da coluna
-Electroencefalografia (EEG)
-Electromiografia com estudo das velocidades de condução dos nervos (EMG)
-Sonologia (Eco-Doppler dos vasos do pescoço e transcraniano)

Jorge Machado Médico Neurologista


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Carreira e Funções Profissionais:


-Internato Especialidade de Neurologia no Hospital dos Capuchos (1985- 1990)

-Full-time Intermediate Course in Clinical Neurology, no Institute of Neurology, Queen Square, em Londres, Reino Unido (1989)

-Grau de Consultor de Neurologia da Carreira Médica Hospitalar em 1997

-Chefe do Serviço de Neurologia do Hospital Militar Principal (1992 – 2006)

-Consultor de Neurologia do Hospital Militar Principal (2007 – 2012)

-Membro do Colégio de Neurologia da Ordem dos Médicos (2000 – 2009)

-Presidente da Sociedade Portuguesa de Cefaleias (2009 – 2012)

-Membro da Comissão Científica da Sociedade Portuguesa de Cefaleias