A enxaqueca é uma doença
neurológica, sendo considerada pela Organização Mundial de Saúde a terceira
doença mais prevalente e a sétima mais incapacitante no mundo. Afecta cerca de
15% das pessoas, principalmente em idades mais formativas e produtivas (20 – 50
anos); 6 – 10% das crianças e jovens em idade escolar (5 – 18 anos) têm crises
de enxaqueca numa fase de importante desenvolvimento cognitivo e social.
Acarreta um elevado custo, quer pelo absentismo quer pela diminuição da
capacidade de trabalho que as crises provocam ou ainda pelo consumo de
medicamentos e cuidados de saúde. Em cerca de 2% da população com enxaqueca verifica-se
uma progressão para uma forma mais incapacitante, a enxaqueca crónica, em que
os doentes têm crises em mais de quinze dias por mês. Os tratamentos para as
crises são relativamente eficazes, estando a decorrer ensaios muito promissores
de medicamentos que interferem com o CGRP, que é um potente vasodilatador, tendo
uma função importante na transmissão da dor. Estudos recentes de imagiologia funcional
demonstraram que a enxaqueca afecta as estruturas e as funções cerebrais (como
resultado de predisposição genética ou como resultado de ataques repetidos).
Estas alterações podem ser reversíveis, dando crédito à noção que o tratamento
agressivo e precoce possa ser benéfico para os doentes.
quinta-feira, 1 de outubro de 2015
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